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Financiamento a refugiados palestinianos separa EUA de UE e Noruega

por Lusa
O apoio à agência da ONU para os refugiados palestinianos divide opiniões Ibraheem Abu Mustafa - Reuters

Os EUA querem "ver progressos" no seio da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA, na sigla em Inglês) antes de a voltarem a financiar, enquanto Noruega e União Europeia (UE) apelaram à retomada do financiamento da entidade.

John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, disse: "Quanto ao nosso financiamento da UNRWA, ele continua suspenso. Temos de ver verdadeiros progressos antes de isso acontecer".

Já a Noruega, que preside o grupo dos dadores para a Palestina (AHLC, na sigla em Inglês), exortou todos os Estados a retomarem as suas contribuições para a UNRWA.

Também a UE apelou aos financiadores da UNRWA para que continuem o seu apoio à organização.

Estas tomadas de posição sucedem-se à publicação de um relatório de peritos, solicitado pela Organização das Nações Unidas (ONU), que concluiu que a UNRWA falhava na "neutralidade" na Faixa de Gaza, mas também que Israel não tinha fornecido "provas" de alegados laços de alguns dos seus membros com "organizações terroristas".

A propósito, Kirby disse que os EUA "saúdam os resultados do relatório e apoiam firmemente as suas recomendações", assinalando que, em todo o caso, o governo do presidente Joe Biden tinha constrangimentos legais.

o chefe da diplomacia norueguesa, Espen Barth Eide, declarou-se "muito feliz" por "países como Austrália, Canadá, Finlândia, Alemanha, Islândia, Japão e Suécia terem retomado os seus financiamentos à UNRWA".

O comissário europeu com a pasta da ajuda humanitária, Janez Lenarcic, escreveu nas redes sociais: "Apelo aos doadores a apoiar a UNRWA, vital para os refugiados palestinianos".

A UNRWA, criada pela Assembleia Geral da ONU em 1949, "é a coluna vertebral das operações humanitárias" na Faixa de Gaza, tinha afirmado, na semana passada, perante o Conselho de Segurança da ONU, o seu diretor, Philippe Lazzarini, que denunciou uma "campanha insidiosa" para acabar com as suas operações.

 

 

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